Direito, Ética e Educação
É cediço que vivemos dias de violência, miséria, analfabetismo e, principalmente, dias em que sentimos falta de uma ética de conduta moral e social. Por esse motivo, esses temas são deveras relevantes para os acadêmicos de Direito.
O que poder-se-ia dizer da Ética? O que é a Ética? Todos nós sabemos que devemos ter uma Ética, mas será que ao dizermos que devemos ter uma Ética, sabemos realmente o significado e a importância da palavra Ética? E a Moral? Como podemos separar a Moral da Ética? Ora, não podemos separar Moral e Ética, pois estão intrinsecamente ligadas, uma não vive sem a outra.
Poderíamos definir a Ética, sucintamente, como sendo uma qualificação da conduta humana determinada pela sociedade, ou para o bem, ou para o mal. Mas, na realidade, precisamos mais do que simples palavras para definir a Ética: precisamos de ATOS.
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E por falar em Ética e Moral, perguntar-lhes-ei se é Ético e Moral um indivíduo, ou melhor, um ser humano, nascer, crescer e morrer analfabeto? Ora, se pensarmos em Platão na sua “Alegoria da Caverna”, perceberemos que, para ele, embora a odisseia do conhecimento não seja tarefa fácil, ela faz parte do ser Homem.
Todos desejamos o conforto e a segurança de um mundo simples, com poucos problemas, de solução fácil, compreensiva, universalmente aceita e aparentemente correta, como nesse “paraíso original” dos prisioneiros da caverna. Mas esta situação é ilusória e, se é paraíso, bem… é o paraíso dos tolos!
Para Platão, educação é liberdade. A experiência da educação liberta-nos da condição de ignorância. Os atuais sistemas educacionais estão, aparentemente, concebidos para que entremos, cada um de nós, com a sua verdade e saiamos todos com a verdade do mestre (ou do sistema)!
Educação não é o que alguns apregoam que ela é…, introduzir ciência numa alma em que ela não existe, como se introduzissem a vista em olhos cegos.
Platão insiste que educar não é “impingir” ciência. É essencialmente a arte de motivar para aprender (“a arte desse desejo”), “dar-lhe os meios para isso” e ser companheiro de percursos. Não é transformar a carne em salsichas, é motivá-la a transformar-se num organismo vivo, ela saberá depois…, encontrar o divino.
Portanto, busquemos inspiração em Platão para que se faça uma educação justa e não-ilusória, uma educação com ideais de conquista e de aprendizado constante, uma educação para TODOS!
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Finalizando, quero corroborar com as palavras de Jean Lacroix que diz: “O mundo é absurdo, mas o homem não o é, e como ele é o ser com sentido, pertence a ele dar sentido também às coisas”. Podemos pensar, categoricamente, que não é necessário mudar o mundo, basta mudar a si mesmo. Mudando os nossos atos e as nossas atitudes, estaremos contribuindo para a mudança de nosso país, e, por que não dizer da Nação?
Texto produzido por Rosana Madjarof em 15/08/2021