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Ceticismo e Ecletismo (365-275 a.C.)

Ceticismo e Ecletismo

O ceticismo apresenta-se mais coerente do que as escolas precedentes, especialmente do que o estoicismo, com os fins práticos de uma filosofia da renúncia, da indiferença, do sossego. É o ceticismo a última palavra da sabedoria antiga, desesperada por não ter podido resolver o problema da vida mediante a razão.

O estoicismo procura realizar a apatia ainda mediante uma metafísica positiva, embora imperfeita, incoerente. O epicurismo tende a realizar o mesmo fim com uma metafísica negativa, negando todo absoluto e transcendente. O ceticismo visa sempre um fim último ético-ascético, sem qualquer metafísica, mesmo negativa.

Através da mais absoluta indiferença, prática e teorética, procura-se realizar finalmente tão almejada paz. A felicidade não é mais uma coisa positiva, nem está no saber e não se pode alcançar mediante o saber, mas pode ser alcançada unicamente negando o saber.

Chega-se, destarte, à destruição de todos os valores. Substancialmente, a grande metafísica platônico-aristotélica é posta de lado, mas não é atacada pelo ceticismo. Persiste nos céticos uma fé nostálgica e realista e o conceito da objetividade da ciência: o ser, o objeto, existem, mas não se podem conhecer por falta de meios. Diz Argesilau: “Deus unicamente conhece a verdade, que é inacessível ao homem”.

O ceticismo clássico começa com Pirro de Elis (365-275 a.C., mais ou menos), cuja escola terminou pouco depois do seu discípulo Timon. Encarna-se na média academia com Argesilau e Carnéades. E, enfim, surge de novo na forma pirroniana com Enesidemo e Sexto Empírico, em princípios da era vulgar. O ceticismo critica o conhecimento sensível, bem como o intelectual, e também a opinião.

A primeira escola cética serve-se, geralmente, do relativismo sofista; a segunda afirma-se de modo original graças a Carnéades; a terceira, de tendência pirroniana, faz uso da dialética eleática, da tese e da antítese.

O ecletismo apresenta-se como um sistema afim, embora imensamente inferior ao ceticismo. Também o ecletismo, como o ceticismo, substitui ao critério da verdade o da verossimilhança, embora acriticamente. O nem-nem dos céticos é mudado em e-e pelos ecléticos; se nada é verdadeiro, tudo vale igualmente. E isto basta aos fins ético-empíricos dos ecléticos, semelhantes e diversos ao mesmo tempo dos fins éticos-ascéticos dos céticos.

É o ecletismo filosofia de espíritos pragmáticos ou decadentes, não filosóficos, que concebem a filosofia popularmente, moralisticamente, ou não têm a força da crítica, nem a da afirmação, que implica sempre numa crítica, pois a filosofia é escolha, construção, sistema, organismo especulativo, e não justaposição mecânica de peças sem vida.

O advento de uma semelhante filosofia foi favorecido pela permanência e pela coexistência, no período helenista e depois ainda, de várias escolas filosóficas, que surgiram em tempos diferentes, e por demais despersonalizadas, esvaziadas do seu conteúdo original, característico – como acontece nos períodos de decadência especulativa – de sorte que se torna fácil a síntese eclética, feita de abstratas generalidades ou de particularidades secundárias.

O pragmatismo eclético foi, enfim, favorecido pelo contato do pensamento grego com a romanidade dominante, inteiramente voltada para a prática e para a ação, cuja grande obra, portanto será não a filosofia, e sim o jus.

O ecletismo apresenta-se como uma síntese prática ou, melhor ainda, como uma suma de elementos estóicos, acadêmicos e também peripatéticos. Contém muito menos elementos céticos e epicuristas, dada a natureza crítica do ceticismo, e a coerência materialista do epicurismo.

Temos precisamente, em ordem cronológica, um ecletismo estóico, depois acadêmico e, enfim, peripatético, segundo os elementos de uma ou de outra escola na síntese prática do próprio ecletismo.

 


Referências Bibliográficas:

DURANT, Will. História da Filosofia – A Vida e as Idéias dos Grandes Filósofos, São Paulo, Editora Nacional, 1.ª edição, 1926.

FRANCA S. J.. Padre Leonel, Noções de História da Filosofia.

PADOVANI, Umberto e CASTAGNOLA, Luís. História da Filosofia, Edições Melhoramentos, São Paulo, 10.ª edição, 1974.

VERGEZ, André e HUISMAN, Denis. História da Filosofia Ilustrada pelos Textos, Freitas Bastos, Rio de Janeiro, 4.ª edição, 1980.

JAEGER, Werner. Paidéia – A Formação do Homem Grego, Martins Fontes, São Paulo, 3ª edição, 1995.

 

© Texto Produzido Por Rosana Madjarof – 1997 – Respeite os Direitos Autorais

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